terça-feira, 30 de julho de 2013

Posso ter qualidade de vida fazendo diálise?

SIM é possível ter excelente qualidade de vida fazendo diálise. Para tal é necessário que cada um discuta com seu médico qual método dialítico será mais adequado para seu caso, e seu estilo de vida. Para alguns será a hemodiálise, para outros a CAPD ou a APD.
Os métodos dialíticos evoluíram muito, bem como o conhecimento ligado à insuficiência renal e seu tratamento. Foram desenvolvidos vários medicamentos que adicionaram uma expressiva melhora na qualidade de vida do paciente em diálise, entre eles a Eritropoetina que corrige a anemia e o Calcitriol que garante uma boa saúde óssea. Com isso, do ponto de vista físico, o paciente em diálise pode ter as mesmas condições de uma pessoa com os rins normais. Um aspecto a ser considerado é a postura psicológica do paciente frente à insuficiência renal.
Quanto mais positiva for essa postura, melhor a qualidade de vida. É indiscutível que a insuficiência renal e a diálise causam alguns transtornos e incômodos á vida do paciente, mas com coragem e otimismo, tudo pode ser superado. Uma boa assistência médica, psicológica, nutricional e social podem fazer a diferença nesses casos. Para muitos casos, o que deve ser discutido com o médico, o transplante renal também deverá ser cogitado.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

É possível proteger este importante órgão e garantir mais saúde.

Silenciosa, desleal e traiçoeira. Esses são apenas alguns dos adjetivos normalmente associados às doenças renais. E com razão. Os males do rim não apresentam sintomas. Ninguém reclama de falta de ar, dor no peito ou queimação no estômago, por exemplo, quando os rins deixam de funcionar. Quando o indivíduo começa a sentir os primeiros sinais, como dificuldade para urinar, inchaço nas pernas e dor lombar, já pode ser tarde demais. Em outras palavras: neste estágio da doença, os rins já podem estar irremediavelmente paralisados. Daí em diante, há muito pouco a fazer.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), 87 mil pacientes fizeram diálise no País em 2008. Este número cresceu 84% se comparado ao ano de 2000, quando 42,7 mil brasileiros foram submetidos à técnica, que visa a reproduzir uma das principais funções renais: a de eliminar substâncias tóxicas do organismo através da urina. Nos casos mais graves, a insuficiência renal pode levar à perda do órgão e à morte do paciente.
Em 2008, segundo informações do Ministério da Saúde, foram realizados no Brasil 3.154 transplantes de rins e, em 2007, 3.040. Só no primeiro semestre de 2009, foram realizados 1.237 em todo o País. Atualmente, 31.270 pacientes aguardam na fila por um transplante do órgão. Os Estados com mais pessoas na fila do transplante são: São Paulo (10.176), Rio de Janeiro (3.566) e Minas Gerais (2.994). Ao todo, a SBN calcula que o Brasil já tenha realizado cerca de 25 mil transplantes de rins.
"O Brasil já é o quarto país do mundo em número de pacientes em diálise, atrás somente dos EUA, Japão e Alemanha. Além disso, realiza uma média de 3 mil transplantes por ano. É um número baixo se considerarmos que existem mais de 30 mil pacientes na fila de espera por um rim. Ou seja, dos quase 90 mil pacientes que fazem diálise no Brasil, apenas 30 mil estão na fila do transplante. Deste total, não conseguimos transplantar nem 10% dos pacientes por ano. E o pior é que a tendência da fila é crescer cada vez mais", afirma o nefrologista Fabrício Guimarães Bino, do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), no RJ.

FATORES DE RISCO
Na maioria das vezes, os pacientes renais que fazem diálise ou que aguardam na fila por um transplante são portadores das duas principais doenças que, se não forem tratadas precoce e adequadamente, podem levar o indivíduo à insuficiência renal: a hipertensão e o diabetes. Segundo estimativas da SBN, 35,8% dos 87 mil brasileiros que fizeram diálise no País em 2008 sofrem de nefroesclerose hipertensiva e 25,7%, de nefropatia diabética. A glomerulonefrite, que já foi a principal responsável por doenças renais crônicas no Brasil, aparece em terceiro lugar, com 15,7%.
Também conhecida como nefrite crônica, a glomerulonefrite resulta de uma inflamação crônica dos rins que, se não for controlada a tempo, pode levar à perda das funções renais. Outras causas de insuficiência renal crônica são rins policísticos (numerosos cistos que crescem nos rins, destruindo-os) e pielonefrite (infecções urinárias repetidas devido à presença de alterações no trato urinário, como pedras e obstruções), entre outras doenças congênitas.
"Algumas delas são inevitáveis, mas outras, não. E as duas principais doenças que levam à insuficiência renal, hipertensão e diabetes, têm prevenção. O problema é que os rins só começam a apresentar sintomas depois de já terem perdido mais de 50% de suas funções. Por isso mesmo, o ideal é não esperar apresentar sintomas para procurar um médico", afirma o urologista Eloísio Alexsandro da Silva, da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro.

COMO OS RINS FUNCIONAM

LIMPEZA GERAL
Os rins fazem parte do nosso sistema urinário e estão localizados na parte inferior da região lombar. Embora cada rim tenha pouco mais de 10 centímetros de comprimento e 5 centímetros de largura, não se engane: a nossa sobrevivência depende do bom funcionamento deles. A primeira - e mais importante - função renal é a eliminação de substâncias tóxicas pela urina. Como isso se dá? Simples...
O sangue entra nos rins através da artéria renal. Logo, substâncias que se acumulam no sangue e são prejudiciais ao organismo são filtradas pelos rins e eliminadas pela urina. Em seguida, o sangue, devidamente filtrado, volta a circular pelo corpo humano por uma veia renal. "Quando os rins não funcionam direito, as toxinas que eles deveriam eliminar através da urina se acumulam e trazem prejuízos para o organismo", alerta Fabrício Guimarães Bino. Segundo especialistas, os rins filtram todo o sangue de um indivíduo cerca de 290 vezes por dia!
"Os rins são incansáveis e a grande maioria da população nem sabe que eles existem. Só para ter uma ideia, eles filtram uma média de 180 litros de sangue por dia! Se os rins não mantêm o sangue limpo, o organismo não trabalha direito. É como se fosse o óleo do carro, que precisa ser constantemente trocado para o veículo funcionar bem", compara o nefrologista Eduardo Rocha, da Sociedade de Nefrologia do Estado do Rio de Janeiro (Sonerj). 
Fonte:revistavivasaude.uol.com.br